775 – PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA ENTRE PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE EM SOBRAL-CE

  • 2023.08.29
  • UFC
775 – PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA ENTRE PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE EM SOBRAL-CE

Autores: JOÃO GABRIEL MARQUES BRAYNER 1, Fellipe Braga Lopes Hissa 1, Christiane Aguiar Nobre 1, Carlos Ewerton Maia Rodrigues 1, Mirna Marques Bezerra 1

Resumo: Introdução: O risco de mortalidade por doença cardiovascular (DCV) é 50% maior em pacientes com AR, quando comparado com a população geral. A síndrome metabólica (SM) é considerada um determinante significativo de risco cardiovascular (RCV). A SM é um agrupamento de 3 ou mais das seguintes anormalidades: circunferência abdominal e triglicerídeos elevados, HDL reduzida, hipertensão arterial sistêmica e glicemia de jejum elevada.

Objetivos: Avaliar a prevalência de SM em pacientes atendidos na Policlínica Bernardo Félix da Silva (Sobral-CE) e diagnosticados com AR.

Metodologia: Esse protocolo de pesquisa (no: 110729/2020) foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFC. Tratou-se de um estudo transversal descritivo com 61 pacientes atendidos na Policlínica Bernardo Félix da Silva (Sobral-CE) e diagnosticados com AR. A Policíclica é especializada no atendimento em média complexidade da Rede de Atenção à Saúde da 11ª Região de Saúde, destinada a dar suporte e seguimento às Unidades da Atenção Primária dos 24 Municípios da Região. Utilizou-se o DAS-28 PCR como instrumento de medida da atividade de doença. A prevalência de SM foi estimada adotando os critérios diagnósticos do NCEP-ATP III (National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III) (2004), a saber: circunferência abdominal (homens: 102 cm; mulheres: 88 cm); triglicerídeos séricos 150 mg/dL; baixo HDL (homens 40 mg/dL; mulheres: 50 mg/dL); pressão arterial elevada (130 x 85 mmHg) e glicemia de jejum 100 mg/dL. Quando o participante estava em uso de anti-hipertensivo, estatinas ou hipoglicemiante oral o mesmo foi considerado positivo para a presença dos componentes da SM mitigados por eles. Para confirmar o diagnóstico de SM era necessário apresentar pelo menos 3 dos 5 critérios. Dados apresentados como média ± DP.

Resultados: Dos 61 pacientes, 56 eram mulheres (91,8%), com média de idade de 51,89 ± 2,12. Quanto ao estadiamento da doença, 38 (62,3%) estavam em remissão/baixa atividade e 23 (37,7%) em moderada/alta atividade, com tempo médio de doença (anos) de 10,44 ± 4,24. Aplicando-se os critérios diagnósticos do NCEP-ATP III, a prevalência de SM foi de 29,51% (18 pacientes). A prevalência dos componentes dos critérios da SM incluiu: circunferência abdominal (22,95%); triglicerídeos séricos (27,87%); baixo HDL (24,59%); pressão arterial elevada (22,95%) e glicemia (14,75%).

Conclusão: Os dados sugerem destaque para dislipidemia, importante fator de risco para o desenvolvimento e progressão de DCV. Identificar o risco cardiovascular em pacientes com AR permitirá uma gestão mais assertiva para reduzir a morbimortalidade nesses pacientes.

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